
A rede e o ser
CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede, in: A era da informação: economia, sociedade e cultura. Trad. Roneide Venâncio Majer. At. Jussara Simões- São Paulo.SP: Ed. Paz e Terra,1999. P. 67.
A Revolução da tecnologia da informação:
A revolução e a tecnologia:
Castells (1999), afirma que estamos vivendo o surgimento de uma nova estrutura social associada ao surgimento de um novo modo de desenvolvimento, o informacionalismo. Nesse modo de desenvolvimento a fonte de produtividade está na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos. O que é específico é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade, criando um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. ... a difusão da tecnologia amplifica seu poder de forma infinita, à medida que os usuários apropriam-se dela e a redefinem. As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia. ... Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo." (Castell, 1999, p.51) De acordo com Castells (1999), as elites aprendem fazendo e dessa forma modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das pessoas aprende usando, ficando assim, limitados a tecnologia, ou seja, dependentes tecnologicamente. Piaget (1978), afirma que ação constitui um conhecimento (savoir faire) autônomo. A conceituação acontece por tomadas de consciência posteriores, e estas procedem de acordo com uma lei de sucessão que vai das zonas de adaptação ao objeto para atingir as coordenações internas das ações, sendo que, a partir de um certo nível, há influência resultante da conceituação sobre a ação. A conceituação fornece à ação um aumento do poder de coordenação, já imanente à ação, e isso sem que o sujeito estabeleça fronteiras entre a sua prática (o que fazer para conseguir?) e o sistema de seus conceitos (por que as coisas se passam desta maneira?). As funções e os processos dominantes na era da informação estão cada vez mais organizados na forma de redes. Essas redes compõem a nova morfologia social, e a propagação da lógica de redes altera substancialmente a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. O novo paradigma da tecnologia da informação é quem fornece a base material para que a rede se difunda em toda a estrutura social. O poder dos fluxos é mais importante que os fluxos de poder. A presença ou a ausência na rede e a dinâmica de cada uma em relação a outras são fontes decisivas de dominação e transformação de nossa sociedade. | |
Nenhum comentário:
Postar um comentário