sábado, 5 de julho de 2008

Da tecnologia à comunicação educacional

O texto aborda a temática da integração das tecnologias de informação e comunicação (TIC) aos processos educacionais, visando contribuir para ações efetivas de formação de professores e para o desenvolvimento de pesquisas sobre certos temas.
Esta integração se realiza em dupla dimensão: como ferramentas pedagógica e como objetos de estudo.
Deste princípio de ensinar mídias decorrem alguns modos de integração das tecnologias de informação e comunicação:

  • ir além das práticas instrumentais;
  • ir além da visão "apocalíptica" que recusa comodamente toda tecnologia em nome do humanismo;
  • dar um salto qualitativo na formação dos professores.

O incrível avanço das tecnologias de informação e comunicação fez surgir as interpretações mais diversas sobre a significação social e cultural desta nova " máquina de comunicar".

A partir de Platão, MC Luhan busco uma metáfora explicativa para a grande resistencia e a cegueira antitecnológica que caracterizavam os escritos acadêmicos da época sobre os meios de comunicação e a tecnologia em geral.Para Lévy, o profeta dahora, evoluiu da metáfora da "máquina universo" para as metáforas da "inteligência coletiva" e da "virtualização".

O desenvolvimento acelerado das TIC deve-se a três fenômenos de ordem técnica:

- a miniaturização e a baixa dos custos que possibilitaram uma difusão de massa;

- as redes que multiplicaram as capacidades de transpote de uma quantidade enorme de informações banalizadas;

- a digitalização que estabelece uma escala única de quantificação possibilitando a tarifação e comercialização das informações.

Para compreender o impacto dessas tecnologias nas sociedades e suas instituições é necesário ir além das considerações técnicas, é preciso valorizar o mundo real dos sujeitos, considerá-los como protagonistas de sua história e não como "receptores" de mensagens e consumidores de produtos culturais.

Um indivíduo dotado de compentência técnica múltiplas, habilidade no trabalho em equipe, capacidade de aprender e de adaptar- se a situações novas. Será preciso reformular radicalmente currícilos e métodologiasd de ensino, enfatizando mais a aquisição de habilidades de aprendizagem e a unterdisciplinaridade, sem no entanto negligenciar a forma do espírito cientifico e das competências de pesquisa. O aumento da adequação e de produtividade dos sistemas educacionais vai exirgir, nesta passagem de século e de milênio, a integração das tecnologias de informação e comunicação, não apenas como meios de melhorar a eficiência dos sistemas, mas principalmente como ferramentas pedagógicas efetivamente a serviço da forma do indivíduo autônomo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Pesquisa sobre o programa "Sociedade da Informação". (livro verde)


Levantamos as seguintes questões:

1- O que é o programa?

Um projeto estratégico, de amplitude nacional, para integrar e coordenar o desenvolvimento e a utilização de serviços avançados de computação, comunicação e informação e de suas aplicações na sociedade.

2- Quais são seus objetivos e metas?

Essa iniciativa permitirá alavancar a pesquisa e a educação, bem como assegurar que a economia brasileira tenha condições de competir no mercado mundial. Conjunto de ações para impulsionarmos a Sociedade da Informação no Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de recursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico, desenvolvimento de novas aplicações. Esta meta é um desafio para o Governo e para a sociedade. O objetivo do Programa Sociedade da Informação é integrar, coordenar e fomentar ações para a utilização de tecnologias de informação e comunicação, de forma a contribuir para a inclusão social de todos os brasileiros na nova sociedade e, ao mesmo tempo, contribuir para que a economia do País tenha condições de competir no mercado global.
Linhas de Ação: Mercado, trabalho e oportunidades, Universalização de serviços para a cidadania, Educação na sociedade da informação, Conteúdos e identidade cultural, Governo ao alcance de todos, P&D, tecnologias-chave e aplicações, Infra-estrutura avançada e novos serviços.

3- Quais são suas propostas para área da educação?

Apoio aos esquemas de aprendizado, de educação continuada e a distância baseados na Internet e em redes, mediante fomento a escolas, capacitação dos professores, auto-aprendizado e certificação em tecnologias de informação e comunicação em larga escala; implantação de reformas curriculares visando ao uso de tecnologias de informação e comunicação em atividades pedagógicas e educacionais, em todos os níveis da educação formal.

4- De que forma pode se relacionar a pedagogia com as questões propostas pelo socinfo?

Na nova economia, não basta dispor de uma infra-estrutura moderna de comunicação; é preciso competência para transformar informação em conhecimento. É a educação o elemento-chave para a construção de uma sociedade da informação e condição essencial para que pessoas e organizações estejam aptas a lidar com o novo, a criar e, assim, a garantir seu espaço de liberdade e autonomia. A dinâmica da sociedade da informação requer educação continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças tecnológicas, mas sobretudo inovar. No Brasil, até mesmo a educação básica ainda apresenta deficiências marcantes. Particularmente nos segmentos sociais de baixa renda e em regiões menos favorecidas, o analfabetismo permanece como realidade nacional. O desafio, portanto, é duplo: superar antigas deficiências e criar as competências requeridas pela nova economia. Nesse sentido, as tecnologias de informação e comunicação podem prestar enorme contribuição para que os programas de educação ganhem maior eficácia e alcancem cada vez maior número de comunidades e regiões.
Para tanto, contudo, é necessário que a capacitação pedagógica e tecnológica de educadores – elemento indispensável para a adequada utilização do potencial didático dos novos meios e fator de multiplicação das competências – tenha paralelo ao desenvolvimento de conteúdo local e em português.

BIBLIOGRAFIA:

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: LIVRO VERDE. Organizado por Tadao Takahashi. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.


A rede e o ser

CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede, in: A era da informação: economia, sociedade e cultura. Trad. Roneide Venâncio Majer. At. Jussara Simões- São Paulo.SP: Ed. Paz e Terra,1999. P. 67.

A Revolução da tecnologia da informação:


A revolução e a tecnologia:










Castells (1999), afirma que estamos vivendo o surgimento de uma nova estrutura social associada ao surgimento de um novo modo de desenvolvimento, o informacionalismo. Nesse modo de desenvolvimento a fonte de produtividade está na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos. O que é específico é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade, criando um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.

... a difusão da tecnologia amplifica seu poder de forma infinita, à medida que os usuários apropriam-se dela e a redefinem. As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia. ... Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo." (Castell, 1999, p.51)

De acordo com Castells (1999), as elites aprendem fazendo e dessa forma modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das pessoas aprende usando, ficando assim, limitados a tecnologia, ou seja, dependentes tecnologicamente. Piaget (1978), afirma que ação constitui um conhecimento (savoir faire) autônomo. A conceituação acontece por tomadas de consciência posteriores, e estas procedem de acordo com uma lei de sucessão que vai das zonas de adaptação ao objeto para atingir as coordenações internas das ações, sendo que, a partir de um certo nível, há influência resultante da conceituação sobre a ação. A conceituação fornece à ação um aumento do poder de coordenação, já imanente à ação, e isso sem que o sujeito estabeleça fronteiras entre a sua prática (o que fazer para conseguir?) e o sistema de seus conceitos (por que as coisas se passam desta maneira?).

As funções e os processos dominantes na era da informação estão cada vez mais organizados na forma de redes. Essas redes compõem a nova morfologia social, e a propagação da lógica de redes altera substancialmente a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. O novo paradigma da tecnologia da informação é quem fornece a base material para que a rede se difunda em toda a estrutura social. O poder dos fluxos é mais importante que os fluxos de poder. A presença ou a ausência na rede e a dinâmica de cada uma em relação a outras são fontes decisivas de dominação e transformação de nossa sociedade.





ESTE E O PRIMEIRO INTEGRANTE.
E ESTAS SÃO AS OUTRAS DUAS.

Seminário: A Divisão do Trabalho


Adam Smith tenta teorizar a questão do fenômeno trabalho, a sua importância: “Conquanto a divisão do trabalho não date de ontem, foi só no fim do século passado que as sociedades começaram a tomar consciência dessa lei, ou de que havia leis”.
Hoje não há mais ilusão quanto as tendências de nossa indústria moderna, ela vai cada vez mais no sentido dos mecanismos poderosos, dos grandes agrupamentos de forças e capitais e, por conseguinte, da extrema divisão do trabalho.
A divisão do trabalho não é especifica do mundo econômico, ocorre em vários setores da sociedade. A medida que o princípio da divisão do trabalho recebe uma aplicação mais completa, a arte progride, o artesão retrocede, de maneira geral.
Essa divisão passa a aparecer apenas como uma forma particular de todo processo geral, ela se torna um bem e passa a ser necessária para que a base social se torne fundamentais para se manter a ordem social.
Hoje o homem diferente daquele de outrora, precisa se aperfeiçoar, aprender seu papel, e tornar-se capaz de cumprir sua função, mas capazes de prestar outras mais.

Adam Smith tenta teorizar a questão do fenômeno trabalho, a sua importância: “Conquanto a divisão do trabalho não date de ontem, foi só no fim do século passado que as sociedades começaram a tomar consciência dessa lei, ou de que havia leis”.
Hoje não há mais ilusão quanto as tendências de nossa indústria moderna, ela vai cada vez mais no sentido dos mecanismos poderosos, dos grandes agrupamentos de forças e capitais e, por conseguinte, da extrema divisão do trabalho.
A divisão do trabalho não é especifica do mundo econômico, ocorre em vários setores da sociedade. A medida que o princípio da divisão do trabalho recebe uma aplicação mais completa, a arte progride, o artesão retrocede, de maneira geral.
Essa divisão passa a aparecer apenas como uma forma particular de todo processo geral, ela se torna um bem e passa a ser necessária para que a base social se torne fundamentais para se manter a ordem social.
Hoje o homem diferente daquele de outrora, precisa se aperfeiçoar, aprender seu papel, e tornar-se capaz de cumprir sua função, mas capazes de prestar outras mais.
DURKHEIM, Émile. Da divisão Trabalho Social. Trad. Eduardo Brandão-2ª Ed.-São Paulo: Martins Fontes,1999. P.1 à 9.

Investigação sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações:

O autor inicia dizendo que a divisão do trabalho vem causando o desenvolvimento da produtividade. Quando a atividade envolve muitas operações, a boa divisão do trabalho faz com que produza mais em menos tempo (fábrica de alfinetes). Assim os trabalhadores ocupam um espaço menos à vista do observador. Enquanto que nas grandes fábricas isto é quase que impossível devido à quantidade de pessoas e os grandes espaços. Embora em muitos casos não seja possível subdividir o trabalho em operações tão simples.
Na busca de maior produtividade surge os ramos industriais, acentuando cada vez mais a divisão do trabalho (cita pág 8).
Entretanto, alguns ramos de atividade não aceita tantas subdivisões como no caso da agricultura que é o inverso da industria.

A divisão do trabalho trouxe aumento na produção devido a três justificativas:
  • A invenção de máquinas;

  • Melhor capacitação dos trabalhadores;

  • A realização da atividade em menor tempo.

Estes três itens bem vinculados foi o alcance rapidamente dos objetivos e mais lucros à industria

SMITH, Adam.Investigação sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações. 2 ed. São Paulo: Abril cultura.1979

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SEMINÁRIO: Modernidade ou Pós-modernidade: cenários de transformação

SEMINÁRIO: Modernidade ou Pós-modernidade: cenários de transformação

Esquema segundo José Carlos Libâneo em Pedagogia e Pedagogos, para quê?

· Pós-modernidade: mudanças em relação à modernidade, mas não uma ruptura total;
· Rejeição das idéias iluministas da natureza global e das teorias totalizantes do marxismo, do cristianismo;
· Prega a individualidade, as particularidades do sujeito;
· Contesta a Pedagogia e a Educação Integral – frutos da modernidade;
· A linguagem como produto, desprofissionalização do ensino;
· Consciência pós-moderna – racionalismo crítico;
· Rejeição das Metanarrativas ou Narrativas Mães – colocadas como teorias totalizantes;
· Críticas às teorias clássicas de Durkheim, Marx e Weber;
· Crítica à busca dos educadores como referência para todos;
· Fundamentação da epistemologia, idéia de progresso planejado, preocupações ecológicas e novos movimentos sociais;
· Valoriza a razão crítica, autonomia humana e uma ciência não absolutizada;
· Pensamentos pós-modernos para uma pedagogia crítica: reavaliação dos paradigmas como novos sujeitos sociais, mapeamento das transformações, sistematização das explicações dos fenômenos;
· Novos desenvolvimentos tecnológicos e artísticos da sociedade capitalista;
· Os signos substituem a lógica da produção, imperam as simulações num mundo de imagens e fantasias;
· Informatização da força de trabalho;
· Necessidade dos educadores de atentarem para as narrativas individuais, de grupos particulares;
· A Pedagogia deve buscar a racionalidade, mas não deve abrir mão de lutar contra as injustiças sociais;
· Críticas da Pedagogia a pós-modernidade: falta de conhecimento da realidade escolar; não todos que tem acesso à informatização, mostrando assim, a importância do pedagogo no processo formativo;
· Pedagogia crítica: formar cidadãos capazes de lutar por condições de vida mais democráticas; deve balancear o desenvolvimento intelectual e afetivo, se adaptando às mudanças na ciência, tecnologia, trabalho e sociedade.

BIBLIOGRAFIA:

LIBÂNEO, José Carlos, Pedagogia e pedagogos, para quê? 6 ed. São Paulo, Cortez, 2008.

Esquema segundo Tomaz Tadeu Silva em Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo.
  • O pós modernismo é um movimento intelectual, representa um conjunto variado de perspectivas abrangendo uma diversidade de campos intelectuais, políticos, estéticos, epistemológicos.
  • Questiona os princípios e pressupostos do pensamento social e político estabelecido e desenvolvido a partir do iluminismo.
  • O objetivo da educação atual é transmitir o pensamento científico, formar um ser humano supostamente racional e autônomo e moldar o cidadão da democracia moderna.
  • O pós-modernismo põe em dúvida as pretensões totalizantes do saber e a noção de progresso que está no centro da concepção de modernidade.
  • O pensamento pós-modernista é antifundacional.
  • Para ele o sujeito não é o centro da ação social. ele é fragmentado e dividido. Ele não pensa, fala ou produz, antes é pensado, falado e produzido.
  • A identidade pós-moderma é descentrada, múltipla, fragmentada.
  • O pós-modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-crítica.

BIBLIOGRAFIA:

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo. 2.Ed. Autêntica. Belo Horizonte, 2005.


Da sociedade pós industrial a pós moderna

Da sociedade pós industrial a pós moderna

Novas teorias sobre o mundo contemporâneo

Rótulos pode adquirir vida própria e se enraizados pautam a realidade acadêmica, podendo assim, criar uma indagação critica. Como exemplo de rótulos, temos a elite do poder, sociedade tecnológica. Essa atividade intelectual pode causar reflexões esclarecedoras não deixando de ter um toque de autopromoção. Daniel Bell, na década de 60 / 70 rotulou a então sociedade moderna, como sociedade pós-industrial.
A teoria do pós industrialismo ganha circulação na idéia de Peter Drucker e Alvin Toffler, propondo ao ocidente a transição para uma nova sociedade.
A idéia da sociedade pós-industrial provocou debates estimulando questões (com o choque do petróleo em 1973) sobre os limites do crescimento do industrialismo. O espírito de crise substituiu o otimismo da década de 60, onde partidos de direita pediam a intervenção do Estado.
O período pós-guerra parecia se constituir como episódio excepcional na história do industrialismo, onde a desindustrialização e declínio econômico eram pontos de discórdia da visão da sociedade pós-industrial.
A falta de otimismo da década de 70, mostrava a falta de interesse pela sociedade superindustrial e o industrialismo clássico de Marx, Weber e Durkheim, não mais existia.
A continuidade da teoria pós-industrial é vista na “sociedade de informação”. Daniel Bell prega a tecnologia da informação pra todos os setores da sociedade e analisa essa situação como transformação revolucionária da sociedade moderna.
O conceito de sociedade da informação, ajusta-se à tradição liberal progressivista e sendo favorável a uma mudança radical na organização social prossegue a linha de pensamento de Saint-Simon, Comte, e outros positivistas. Os marxistas pregavam a idéia pós-industrial como fase final da ideologia burguesa, manifestando, rotulando como pós-fordismo.
As novas formas do capitalismo constituem um rompimento radical dos padrões capitalistas, fazendo com que a teoria marxista se vê com necessidade de ser revisada. A teoria da sociedade pós-moderna ou pós modernismo é mais abrangente, acolhendo as mudanças culturais, políticas e econômicas tendo assim, a avaliação mais difícil. O pós-modernismo despertou interesse em grande parte da população, não sendo mais considerada apenas um mito. As teorias modernas podem dizer muito a respeito dos nossos tempos e de nós mesmos. As literaturas sobre as teorias pós-modernas são em sua maioria negativas, não necessariamente errada, mas pouco trabalhado este tipo de valor de pensamento. Não se pode deixar de questionar o surgimento, a origem desas teorias e percebemos que algo age em particular, provocando o senso do fim e de novos começos.

BIBLIOGRAFIA:

KUMAR, Krishan. Da sociedade pós industrial à pós moderna: teorias sobre o mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

CYBERCULTURA – As tecnologias têm um impacto?


CYBERCULTURA – As tecnologias tem um impacto?


A metáfora do impacto é inadequada.


A tecnologia é comparada a um projétil e a cultura ou sociedade a um alvo. Há várias críticas a esta metáfora bélica.
As técnicas são comparadas a máquinas, frias, sem emoção, mas não se leva em consideração que são criadas pelo próprio homem. Homem este, que cria a escrita, o telefone, o texto, o cinema, a cultura em geral, ou seja, o homem está em um mundo técnico.
As atividades humanas abrangem, pessoas vivas e pensantes, matéria artificial e natural, idéias e representações, ou seja, não há como separar as técnicas do homem, da cultura, já que é ele quem as criam. Enfim, mesmo supondo a existência de três entidades, técnica, cultura e sociedade, poderíamos pensar que as tecnologias são produtos de uma sociedade e de uma cultura, não havendo nenhuma causa independente entre estes laços. As verdadeiras relações são criadas por homens que inventam, produzem e interpretam de formas diferentes as técnicas.

A Técnica ou as Técnicas?


As técnicas tem projetos próprios, sociais e culturais, determinando as relações de força diferentes entre seres humanos. Como exemplo temos as máquinas a vapor no séc. XIX que escravizaram os homens, enquanto os computadores agilizaram na déc de 80a comunicação entre os indivíduos.
Apresenta as técnicas de diferentes formas, centralizadas e ou piramidais, com normas estritas ou mais distribuídas nas relações de poder. No caso do digital, há uma grande multiplicidade das significações e projetos que envolvem as técnicas.
A Cibercultura é questão de supremacia militar, competição econômicas entre firmas da eletrônica e de softwares, entre os conjuntos geopolíticos, mas também procura aumentar a autonomia dos indivíduos. Idealiza cientistas, artistas, ativistas da rede que desejam melhorar a colaboração entre as pessoas.
Existem grandes diferenças entre os computadores dos anos 50, grandes e caros e os dos anos 80 que podem comprados e manuseados por pessoas sem qualquer formação científica. As implicações científicas, culturais, econômicas são muito diferentes. A interconexão mundial de computadores (extensão do ciberespaço) continua acelerado, com o digital no início de sua trajetória.
Há grande disputa no desenvolvimento de softwares inteligentes, ou Botsuano, transformando as significações culturais e sociais das cibertecnologias no fim dos anos 90. Após o ano 2000, criação da realidade virtual e tradução do conteúdo das antigas mídias (telefone, televisão, rádio, etc) para o ciberespaço, devendo as implicações culturais serem sempre reavaliadas.

A Tecnologia é Determinante ou Condicionante?


Favorece a evolução geral da civilização, onde a técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade está condicionada por suas técnicas e não determinada. A exemplo temos o estribo que permitiu, mas não foi a causa do capitalismo. Pode-se dizer que as técnicas abrangem algumas possibilidades onde, algumas culturas ou sociedades não poderiam ser pensadas sem sua presença. A multiplicidade de fatores e agentes não permite cálculos de efeitos deterministas.
Uma técnica não é boa, nem má e nem neutra, pois depende de conceitos, usos, pontos de vista. Não se avalia o impacto, e sim as conseqüências do uso ou não na formulação de projetos. Há sempre uma indeterminação das técnicas, onde sempre aparecem novas criações, forças, formas se sobrepondo uma sobre a outra. Os BBS, programas que sustentam comunidades virtuais, dos hipertextos, da word wide web, são criações nascidas de espíritos visionários, movimentos sociais e práticas de base vindo como tomadas de decisões.

A Aceleração das Alterações Técnicas e A Inteligência Coletiva


A velocidade de transformações é uma constantes paradoxal da cibercultura, explicando parcialmente a sensação de impacto no movimento contemporâneo das técnicas. A mudança na posição para as classes sociais que não participam da produção, a criação de novos instrumentos digitais, parece ameaçador. A aceleração das transformações é tão forte e diversa que ninguém pode participar ativamente dela.
O processo social, a atividade dos outros retorna para os indivíduos sob a máscara estrangeira, inumana, da técnica. Para os impactos negativos, seria incriminar a organização do trabalho, as relações dominantes e os fenômenos sociais. Quando são positivos, a técnica não é responsável pelo sucesso., mas sim, quem as conceberam e executaram.
Quanto mais rápida é a alteração técnica, mais se parece estranha, vinda do exterior. Quanto mais os processos de inteligência coletiva se desenvolvem, melhor a apropriação por indivíduos e grupos e menores os efeitos de exclusão resultantes da aceleração do movimento tecno-social. A rede assim, se torna muito utilizada no desenvolvimento de sistemas e comunicação coletiva.

A Inteligência Coletiva, Veneno e Remédio da Cibercultura


A automanutenção da revolução das redes digitais está ligada a história da cibercultura, do ciberespaço. O crescimento do ciberespaço, fornece a inteligência coletiva, um ambiente próprio para seu desenvolvimento. Surgem diversos tipos de formas das redes digitais; o isolamento e sobrecarga cognitiva, dependência, dominação, exploração e bobagem coletiva (televisão interativa). Aqueles que não entram no ciclo positivo da alteração, aceleração da cibercultura, tendem a ficar excluídos.
A inteligência coletiva constitui um dos melhores remédios desestabilizantes, excludente da mutação técnica, mas trabalha para aceleração dessa mutação., ou seja, se torna veneno para quem não participa e remédio para quem mergulha em seus turbilhões.

BIBLIOGRAFIA:


LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: ed.34, 1999. 264p. (Coleção Trans)

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO


SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

Introdução


Transformações nas últimas décadas na economia capitalista, onde uma mudanças socioeconômicas envolvem todo o globo. Correm riscos de se verem à margem, das relações econômicas, as sociedades que não tiverem respostas positivas para essas transformações. A Globalização associada ao Neoliberalismo, só atende às necessidades de países ricos. Questão: Como discutir as possibilidades de um mundo onde existem infirmações sem fronteiras com quem não tem o que comer?
Temos no ensino público, as principais ferramentas intitucionias contra a exclusão. Os novos paradigmas econômicos e sociais, são edificados pela informação e conhecimento, e a Escola, como ambiente que envolve estes, tornando-se instrumento para o ingresso no mercado de trabalho formal.
Deixando de ser supérfluo a economia de mercado, o acesso à informação passa a significar diferença entre a miséria e a prosperidade. Mas não é papel da escola, responder às demandas da sociedade excludente e sim, questionar as regras desse jogo. A internet e o computador são ferramentas que podem ser utilizadas para construir uma sociedade igualitária e a Escola pode utilizar-se de tais ferramentas para a alfabetização digital e também para informar e questionar.
Economia: do colonialismo ao neocolonialismo
Esse processo produtivo de constantes investimentos e necessidades de ampliação de mercados que explicam a conquista e mapeamento de todo o globo em pouco tempo de economia capitalista.
Com os mercados capitalistas totalmente ocupados, a forma para lidar com as crises de superprodução, foram a guerra e a recessão econômica, sendo a guerra o instrumento mais atraente para lidar com a economia de mercado. O aumento da capacidade tecnológica, aumenta também a capacidade de destruição, propiciando os efeitos da Segunda Guerra Mundia: abandono da economia capitalista e adesão da planificação estatal e coletivização das forças produtivas, onde um terço da da humanidade passa a não estar disponível ao mercado, pois para que exista novos mercados, é necessário que exista vida sobre a Terra. A Segunda Guerra Mundial, destruiu a Europa e derrubou potências como Inglaterra e França. A reconstrução da Europa e o acesso às antigas colônias européias foram responsáveis pelo crescimento após a guerra, vindo este crescimento a encerrar-se na década de 70 com a crise do petróleo. As décadas de 70 e 80 representaram tiveram várias crises econômicas nos mercados capitalistas, sendo a década de 80, conhecida como década perdida na América Latina.
Um terço da economia global era socialista e o restante dos mercados já se encontrava ocupado. O neoliberalismo e a globalização econômica surgiram para lidar com essas questões, tendo como ferramenta a tecnologia da informação, com o objetivo de recolonizar os países do terceiro mundo pela via econômica.

Capital Financeiro e Especulativo


Alguns capitalistas chegaram à conclusão era muito mais lucrativo emprestar o capital, fazendo-o crescer com empréstimos do que produzir alguma coisa. Surgem os financistas e o capital gerado pelo capital.
Os Estados Nacionais passaram a intervir nos mercados, percebendo que a regulamentação dos capitais era fundamental para a sobrevivência da economia.
Neoliberalismo, globalização e recolonização
O Liberalismo foi reinventado para lidar com as crises econômicas, pregando a ausência total do Estado nos mercados. O Neoliberalismo foi uma justificativa para transferir os mercados do controle do Estado para a iniciativa privada, além de intervir na economia de outros países. As privatizações começam a ocorrer, principalmente nos países de terceiro mundo e a abertura das economias para capital é preconizada. Setores produtivos de países menos desenvolvidos desapareceram com a entrada de produtos importados.
A globalização é um mecanismo para abertura de economias fechadas e empresas estatais para as grandes potências.
O capital passa a fluir sem limites, amparado pelas redes de informação e o objetivo é baixar os custos produtivos e aumentar o lucro. Aumenta a competitividade entre os capitalistas e a informação se torna instrumento básico na busca pelo lucro e internet por exemplo, adquire novo valor econômico.

Sociedade da Informação


A sociedade da informação se apresenta como alternativa para o desenvolvimento econômico para as grandes potências. Os mercados globais, são reabertos pela via do neoliberalismo e da informação.
Segundo (CASTELLS, 1999, p.110), embora a economia informacional/global seja distinta da economia industrial, ela não se opõe à lógica desta última(...). Em outras palavras: à economia industrial, restava tornar-se informacional e global ou, então, sucumbir.
As redes de informação permitem o fluxo de capitais, possibilitam a elaboração de projetos e a partir delas são edificadas lojas virtuais. A aplicação intensiva de informação no processo produtivo, permite reduções de custos e aqueles empresas que não fizeram uso da tecnologia da informação correm o risco de perder mercado e até desaparecer.
A sociedade informacional significa deslocamento de poder, à medida que os instrumentos de geração de riquezas se utilizam intensivamente da informação.


Impactos Sociais: uma catástrofe anunciada


Esse processo causou grandes mudanças estruturais. No século XX, as cidades recebem grande fluxo de pessoas vindas do campo, atraídas pela indústria e os meios de sobrevivência.
A informação é a principal ferramenta de poder de uma sociedade informacional. Quem não souber ou não aderir aos mecanismos da informação, terão papel econômico cada vez mais subalterno. O acúmulo científico e tecnológico pode se transformar numa possível catástrofe social, devido às mudanças econômicas. O aumento de profissionais que lidam com a informação, constitui uma elite informacional, já o crescimento das atividades com pouco uso de informação, gera um aumento nos empregos precários, pouco remunerados e sem quase nenhuma garantia social.
Nos países de primeiro mundo, o uso da tecnologia e informação é grande, como indústria de processadores de computador, telefonia e redes, enquanto que os países de terceiro mundo permanecem com os produtos agrícolas. Os países em desenvolvimento como Brasil, recebem parte da indústria em geral, as poluentes. O desemprego ou subemprego tornam-se constantes nas nações periféricas.
Notamos que a globalização significou até agora, a perpetuação da miséria e concentração de renda nas mãos de uma minoria, ficando cada vez mais difícil a inclusão social.

Globalização, trabalho e educação


Com as mudanças na economia, trabalho e sociedade, a instituição escolar passa a cumprir papel fundamental tanto para a economia capitalista quanto para as sociedades. Com o capitalismo informacional, ter acesso à Escola, à informação, mais do que à cultura e ascensão social, significa ter acesso ao mercado de trabalho. O uso das tecnologias da informação em diversos setores, torna necessário a alfabetização digital mínima do trabalhador, reservando à Escola, mais uma vez, o papel de formadora de mão-de-obra.
O Capital cria como justificativa para a exclusão social, a educação técnica como saída para os problemas de empregabilidade. A partir da Escola, é instituído pelo capital, o darwinismo social, com os melhores sendo recompensados pelo mercado e os piores se contentando com a miséria. As pessoas são obrigadas a acumular conhecimentos, sem ao menos saber o porquê. A Escola representa a possibilidade de construção de uma política que tenha os valores sociais como tema central. Não deve assumir o papel de capacitadora para o trabalho e sim, de elo de continuidade cultural, de transmissora e construtora de cultura, cabendo à Escola, questionar quando for necessário.
Caso a Escola se coloque nesse espaço de contradições, o computador poderá ser apropriado e colocado a serviço do coletivo, e não como uma ferramenta para o desemprego. A Escola terá o desafio de se utilizar dos recursos informacionais para inclusão social e questionamentos, mas não significa que os benefícios da tecnologia da informaç devem ser negados, mas sim que devem ser usados sobre outra perspectiva.
O uso do computador em rede, possibilitou o trabalho com um imenso volume de informações, significando grande avanço em relação ao ensino e aprendizagem e a Escola pode fazer das tecnologias digitais, instrumentos para transformar as relações de ensino e aprendizagem, pautando tanto suas concepções para o trabalho, quanto a forma que o computador entra na própria escola.


Informação a serviço da Educação, e não o contrário


O uso da informação na Escola Pública, não significa necessariamente a ruptura das diferenças socioeconômicas e infelizmente, com honrosas exceções, os computadores contribuíram muito pouco para a democratização e uso da informação, sendo comum dentro de determinadas Escolas, laboratórios cheios de computadores, fechados à espera de algo ou de alguém, ou seja, democratizar o acesso à informação, pressionado pela indústria da informática, não significa apenas comprar computador, conexões e softwares. Pouco adiantam ferramentas de informação disponíveis sem projeto de como utilizá-las e é a partir do projeto político pedagógico que poderemos fundamentar o para quê e como aplicar a tecnologia.

Computador: a serviço de quem?


A questão é para quem serve o computador na Escola. Uma Escola Pública que se coloque a serviços dos segmentos mais marginalizados, do ensino e aprendizagem da sociedade, e não de um mercado, estará dando o primeiro passo no combate à exclusão social. A Escola, deve pensar seu projeto político-pedagógico como plataforma para o acesso as novas tecnologias da informação, para os alunos, professores e comunidade, mas são poucas as instituições que possuem esse enraizamento social.
O grande volume de serviços e informações disponíveis na Internet, transformam o computador num centro de atendimento e mesmo que parte da população não tenha instrumentalização para acesso ao computador, vários benefícios poderiam ser ofertados de imediato e deixar que se construa mais um fosso, agora informacional, só tornará a possibilidade de integração e inclusão cada vez mais difícil.

Conclusão


As novas tecnologias da informação devem ser utilizadas para a construção de conhecimento, cidadania, de projetos políticos-pedagógicos em que a inclusão não seja apenas uma saudação à bandeira, pouco modificando a cultura prática escolar, combatendo a mitificação do computador. Ao invés das distâncias diminuírem, elas aumentaram, além do letramento, existe agora a tecnologia. Mas temos a Escola, como representante da inclusão, onde a informação representa também proximidade, ampliando as possibilidades da palavra aprender.
Construir políticas que coloquem a tecnologia da informação a serviço da inclusão social é instrumentalizar a sociedade para o combate ao projeto neoliberal, que nada mais é do que a exclusão instituída e globalizada.


BIBLIOGRAFIA:


BRITO, Vladimir de Paula. Sociedade da Informação e Educação.

DIVISÃO DO TRABALHO

Divisão do Trabalho Social e Direito
Émile Durkheim

A relação entre os indivíduos e a coletividade pode ser explicada pela Divisão Social do Trabalho. Porém, tal crivo só tem força de argumentação ao se entender a conjuntura que cerca as bases conceituais da solidariedade orgânica e da solidariedade mecânica, estudas a finco por Durkheim. Foi ele que deu base de sustentação para tais tipologias, pois são seus argumentos que criam o arcabouço teórico para elas.

Conhecer a conjuntura destas tipologias se faz de suma importância, pois se retira daí o entendimento do funcionamento das sociedades anteriores a nossa e que influenciaram-nos. A divisão deste artigo tenta demonstrar esta conjuntura e fazer uma discussão de seus pontos críticos, podendo vir a concluir como defensor de uma das tipologias ou até mesmo de nenhuma.
A solidariedade mecânica é tida como uma solidariedade por semelhança, onde os indivíduos não se diferem. Estes se assemelham por serem possuidores dos mesmos sentimentos, os mesmo valores, tendo os mesmo objetivos reconhecidos com algo sagrado. A consciência coletiva age para que estes requisitos da solidariedade mecânica estejam coesas. Durkheim conceitua a consciência coletiva como sendo “o conjunto dos sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade”. Através desta, cada pormenor de uma sociedade é defino com precisão. Os detalhes relativos são impostos pela consciência coletiva.

Como esta tipologia atenta para a homogeneidade da sociedade, a Divisão Social do Trabalho pode ser vista pela ótica econômica, que argumenta ser esta a busca, através da racionalidade, do aumento da produção. A ótica econômica sustenta que há diferenciação social, já que, para a produção ocorrer de forma continua e com tarefas que exijam especialização, os indivíduos devem ser diferentes, possuir pensamentos diferentes, o que vai de encontro com as premissas da solidariedade mecânica.

Quando Durkheim caracteriza os tipos de solidariedade ele utiliza dois tipos de direito, pois a coercibilidade é exercida na sociedade através das leis, sendo eles o direito repressivo e o direito restitutivo. O primeiro é aquele que pune os crime ou faltas, que exerce a coerção nos atos que infligem a concepção da consciência coletiva, revelando esta na solidariedade mecânica. O direito restitutivo tem como essência à reposição em ordem as coisa quando uma falta é cometida, ou a organização da cooperação entre os indivíduos.

Podemos visualizar a solidariedade mecânica em sociedades antigas, onde o pensamento individual não se sobrepunha ao coletivo. Mas, não há impedimentos de ela esta presente em sociedades modernas ou até mesmo contemporâneas. Na solidariedade orgânica os indivíduos não se assemelham, são diferentes. Existe o coerente coletivo através do consenso. Durkheim compara a solidariedade orgânica com os órgãos dos indivíduos, que possuem uma diferenciação, mas agem em conjunto. E nessa tipologia que podemos encontrar uma heterogeneidade de idéia que formam uma única maior.

Onde há diferenciação dos indivíduos a liberdade de crer, de querer e agir conforme suas preferências, não sofrem coação do consciente coletivo. Este pode determinar até que ponto essas premissas podem ser consideradas benéficas para a sociedade. Mas, não as recrimina. O direito restitutivo é o responsável para as sanções necessárias para garantir a ordem. Nele a punição não fator preponderante, mas sim o restabelecimento do estados das coisas seguindo os ditames da justiça. Porém, o direito restitutivo não é a única forma de direito encontrada na sociedade onde predomina a tipologia orgânica. Soma-se a ela o direito cooperativo (como exemplo, temos o direito constitucional) que constitui “menos a expressão dos sentimentos comuns de uma coletividade do que a organização da coexistência regular e ordenada de indivíduos já diferenciados”. Nas sociedades modernas a relações são baseadas por meio de contratos. Esta não é a idéia de Durkheim. Para ele, numa sociedade com predominância da solidariedade orgânica não há a substituição da comunidade pelo contrato. A sociedade moderna se define à priori pela diferenciação social e não pelo contratualismo, que é uma conseqüência e manifestação. As tipologias de solidariedade são opostas. Essa oposição é combinada com a oposição entre sociedades segmentarias (aquelas em que há divisão especializada dos indivíduos) e aqueles onde a moderna Divisão Social do Trabalho está presente. Uma sociedade onde há predominância da solidariedade mecânica pode ser considerada uma sociedade segmentaria. Diz Durkheim que:“um segmento designa um grupo social onde os membros estão estreitamente integrados. Mas o segmento é também um grupo situado localmente, relativamente isolado dos demais, tendo vida própria.”

A solidariedade mecânica manifesta-se na sociedade segmentaria devido à ação da consciência coletiva, que torna esta uma sociedade em que suas partes possuem uma coesão de pensamento e ações. Noção este que diferencia a sociedade segmentaria da sociedade por semelhança. Esta última possuem os caracteres da solidariedade orgânica, devido à junção desta sociedade através do foco nos mesmos objetivos sociais.

A Divisão Social do Trabalho de Durkheim se diferencia daquela conceituada e estudada pelos economistas. Ele faz um estudo das tarefas e importância das instituições presentes numa sociedade e que influencia a maneira de agir, de pensar, de relacionamento dos indivíduos que compões uma sociedade qualquer. Por este mote, podemos entender o que ele pretender dizer ao afirma que: “o indivíduo nasce da sociedade, e não a sociedade nasce do indivíduo”.

A diferenciação racional da produção não é fator que explica a diferenciação social. Ela apenas pressupõe a diferenciação social através das tarefas que um indivíduo realiza na produção. Esta seqüência de tarefas demonstra que o indivíduo prevalece sobre a estrutura social. Mas, ocorre exatamente o contrário. Pelas explicações de Durkheim, ao analisar a estrutura das sociedades que são influenciadas pelas tipologias de solidariedade que ele estuda, é a estrutura social que prevalece sobre o indivíduo. Os fenômenos individuais se sobrepõem sobre o tipo social. Assim, torna-se importante conhecer a fundo as premissas da solidariedade mecânica e orgânica para termo um entendimento da Divisão Social do Trabalho de Durkheim. Sabermos que a diferenciação dos indivíduos é algo notório. Conhecermos a junção desta diferenciação através da consciência coletiva nos faz entender o papel que cada um possui na sociedade, seja individuo ou instituição. Podemos afirmar que conhecer como funciona a Divisão Social do Trabalho é de suma importância, pois através dela entendemos como a diferenciação social pode ser benéfica ou não de uma sociedade e como a coesão desta diferenciação pode ser alcançada através da consciência coletiva.
referencia:
DURKHEIM, Émile. Divisão do Trabalho. trad: Eduardo Brandão.2 ed.São Paulo:Martins Fontes, 1999.

sábado, 14 de junho de 2008


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