sábado, 5 de julho de 2008

Da tecnologia à comunicação educacional

O texto aborda a temática da integração das tecnologias de informação e comunicação (TIC) aos processos educacionais, visando contribuir para ações efetivas de formação de professores e para o desenvolvimento de pesquisas sobre certos temas.
Esta integração se realiza em dupla dimensão: como ferramentas pedagógica e como objetos de estudo.
Deste princípio de ensinar mídias decorrem alguns modos de integração das tecnologias de informação e comunicação:

  • ir além das práticas instrumentais;
  • ir além da visão "apocalíptica" que recusa comodamente toda tecnologia em nome do humanismo;
  • dar um salto qualitativo na formação dos professores.

O incrível avanço das tecnologias de informação e comunicação fez surgir as interpretações mais diversas sobre a significação social e cultural desta nova " máquina de comunicar".

A partir de Platão, MC Luhan busco uma metáfora explicativa para a grande resistencia e a cegueira antitecnológica que caracterizavam os escritos acadêmicos da época sobre os meios de comunicação e a tecnologia em geral.Para Lévy, o profeta dahora, evoluiu da metáfora da "máquina universo" para as metáforas da "inteligência coletiva" e da "virtualização".

O desenvolvimento acelerado das TIC deve-se a três fenômenos de ordem técnica:

- a miniaturização e a baixa dos custos que possibilitaram uma difusão de massa;

- as redes que multiplicaram as capacidades de transpote de uma quantidade enorme de informações banalizadas;

- a digitalização que estabelece uma escala única de quantificação possibilitando a tarifação e comercialização das informações.

Para compreender o impacto dessas tecnologias nas sociedades e suas instituições é necesário ir além das considerações técnicas, é preciso valorizar o mundo real dos sujeitos, considerá-los como protagonistas de sua história e não como "receptores" de mensagens e consumidores de produtos culturais.

Um indivíduo dotado de compentência técnica múltiplas, habilidade no trabalho em equipe, capacidade de aprender e de adaptar- se a situações novas. Será preciso reformular radicalmente currícilos e métodologiasd de ensino, enfatizando mais a aquisição de habilidades de aprendizagem e a unterdisciplinaridade, sem no entanto negligenciar a forma do espírito cientifico e das competências de pesquisa. O aumento da adequação e de produtividade dos sistemas educacionais vai exirgir, nesta passagem de século e de milênio, a integração das tecnologias de informação e comunicação, não apenas como meios de melhorar a eficiência dos sistemas, mas principalmente como ferramentas pedagógicas efetivamente a serviço da forma do indivíduo autônomo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Pesquisa sobre o programa "Sociedade da Informação". (livro verde)


Levantamos as seguintes questões:

1- O que é o programa?

Um projeto estratégico, de amplitude nacional, para integrar e coordenar o desenvolvimento e a utilização de serviços avançados de computação, comunicação e informação e de suas aplicações na sociedade.

2- Quais são seus objetivos e metas?

Essa iniciativa permitirá alavancar a pesquisa e a educação, bem como assegurar que a economia brasileira tenha condições de competir no mercado mundial. Conjunto de ações para impulsionarmos a Sociedade da Informação no Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de recursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico, desenvolvimento de novas aplicações. Esta meta é um desafio para o Governo e para a sociedade. O objetivo do Programa Sociedade da Informação é integrar, coordenar e fomentar ações para a utilização de tecnologias de informação e comunicação, de forma a contribuir para a inclusão social de todos os brasileiros na nova sociedade e, ao mesmo tempo, contribuir para que a economia do País tenha condições de competir no mercado global.
Linhas de Ação: Mercado, trabalho e oportunidades, Universalização de serviços para a cidadania, Educação na sociedade da informação, Conteúdos e identidade cultural, Governo ao alcance de todos, P&D, tecnologias-chave e aplicações, Infra-estrutura avançada e novos serviços.

3- Quais são suas propostas para área da educação?

Apoio aos esquemas de aprendizado, de educação continuada e a distância baseados na Internet e em redes, mediante fomento a escolas, capacitação dos professores, auto-aprendizado e certificação em tecnologias de informação e comunicação em larga escala; implantação de reformas curriculares visando ao uso de tecnologias de informação e comunicação em atividades pedagógicas e educacionais, em todos os níveis da educação formal.

4- De que forma pode se relacionar a pedagogia com as questões propostas pelo socinfo?

Na nova economia, não basta dispor de uma infra-estrutura moderna de comunicação; é preciso competência para transformar informação em conhecimento. É a educação o elemento-chave para a construção de uma sociedade da informação e condição essencial para que pessoas e organizações estejam aptas a lidar com o novo, a criar e, assim, a garantir seu espaço de liberdade e autonomia. A dinâmica da sociedade da informação requer educação continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças tecnológicas, mas sobretudo inovar. No Brasil, até mesmo a educação básica ainda apresenta deficiências marcantes. Particularmente nos segmentos sociais de baixa renda e em regiões menos favorecidas, o analfabetismo permanece como realidade nacional. O desafio, portanto, é duplo: superar antigas deficiências e criar as competências requeridas pela nova economia. Nesse sentido, as tecnologias de informação e comunicação podem prestar enorme contribuição para que os programas de educação ganhem maior eficácia e alcancem cada vez maior número de comunidades e regiões.
Para tanto, contudo, é necessário que a capacitação pedagógica e tecnológica de educadores – elemento indispensável para a adequada utilização do potencial didático dos novos meios e fator de multiplicação das competências – tenha paralelo ao desenvolvimento de conteúdo local e em português.

BIBLIOGRAFIA:

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: LIVRO VERDE. Organizado por Tadao Takahashi. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.


A rede e o ser

CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede, in: A era da informação: economia, sociedade e cultura. Trad. Roneide Venâncio Majer. At. Jussara Simões- São Paulo.SP: Ed. Paz e Terra,1999. P. 67.

A Revolução da tecnologia da informação:


A revolução e a tecnologia:










Castells (1999), afirma que estamos vivendo o surgimento de uma nova estrutura social associada ao surgimento de um novo modo de desenvolvimento, o informacionalismo. Nesse modo de desenvolvimento a fonte de produtividade está na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos. O que é específico é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade, criando um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.

... a difusão da tecnologia amplifica seu poder de forma infinita, à medida que os usuários apropriam-se dela e a redefinem. As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia. ... Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo." (Castell, 1999, p.51)

De acordo com Castells (1999), as elites aprendem fazendo e dessa forma modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das pessoas aprende usando, ficando assim, limitados a tecnologia, ou seja, dependentes tecnologicamente. Piaget (1978), afirma que ação constitui um conhecimento (savoir faire) autônomo. A conceituação acontece por tomadas de consciência posteriores, e estas procedem de acordo com uma lei de sucessão que vai das zonas de adaptação ao objeto para atingir as coordenações internas das ações, sendo que, a partir de um certo nível, há influência resultante da conceituação sobre a ação. A conceituação fornece à ação um aumento do poder de coordenação, já imanente à ação, e isso sem que o sujeito estabeleça fronteiras entre a sua prática (o que fazer para conseguir?) e o sistema de seus conceitos (por que as coisas se passam desta maneira?).

As funções e os processos dominantes na era da informação estão cada vez mais organizados na forma de redes. Essas redes compõem a nova morfologia social, e a propagação da lógica de redes altera substancialmente a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. O novo paradigma da tecnologia da informação é quem fornece a base material para que a rede se difunda em toda a estrutura social. O poder dos fluxos é mais importante que os fluxos de poder. A presença ou a ausência na rede e a dinâmica de cada uma em relação a outras são fontes decisivas de dominação e transformação de nossa sociedade.





ESTE E O PRIMEIRO INTEGRANTE.
E ESTAS SÃO AS OUTRAS DUAS.

Seminário: A Divisão do Trabalho


Adam Smith tenta teorizar a questão do fenômeno trabalho, a sua importância: “Conquanto a divisão do trabalho não date de ontem, foi só no fim do século passado que as sociedades começaram a tomar consciência dessa lei, ou de que havia leis”.
Hoje não há mais ilusão quanto as tendências de nossa indústria moderna, ela vai cada vez mais no sentido dos mecanismos poderosos, dos grandes agrupamentos de forças e capitais e, por conseguinte, da extrema divisão do trabalho.
A divisão do trabalho não é especifica do mundo econômico, ocorre em vários setores da sociedade. A medida que o princípio da divisão do trabalho recebe uma aplicação mais completa, a arte progride, o artesão retrocede, de maneira geral.
Essa divisão passa a aparecer apenas como uma forma particular de todo processo geral, ela se torna um bem e passa a ser necessária para que a base social se torne fundamentais para se manter a ordem social.
Hoje o homem diferente daquele de outrora, precisa se aperfeiçoar, aprender seu papel, e tornar-se capaz de cumprir sua função, mas capazes de prestar outras mais.

Adam Smith tenta teorizar a questão do fenômeno trabalho, a sua importância: “Conquanto a divisão do trabalho não date de ontem, foi só no fim do século passado que as sociedades começaram a tomar consciência dessa lei, ou de que havia leis”.
Hoje não há mais ilusão quanto as tendências de nossa indústria moderna, ela vai cada vez mais no sentido dos mecanismos poderosos, dos grandes agrupamentos de forças e capitais e, por conseguinte, da extrema divisão do trabalho.
A divisão do trabalho não é especifica do mundo econômico, ocorre em vários setores da sociedade. A medida que o princípio da divisão do trabalho recebe uma aplicação mais completa, a arte progride, o artesão retrocede, de maneira geral.
Essa divisão passa a aparecer apenas como uma forma particular de todo processo geral, ela se torna um bem e passa a ser necessária para que a base social se torne fundamentais para se manter a ordem social.
Hoje o homem diferente daquele de outrora, precisa se aperfeiçoar, aprender seu papel, e tornar-se capaz de cumprir sua função, mas capazes de prestar outras mais.
DURKHEIM, Émile. Da divisão Trabalho Social. Trad. Eduardo Brandão-2ª Ed.-São Paulo: Martins Fontes,1999. P.1 à 9.

Investigação sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações:

O autor inicia dizendo que a divisão do trabalho vem causando o desenvolvimento da produtividade. Quando a atividade envolve muitas operações, a boa divisão do trabalho faz com que produza mais em menos tempo (fábrica de alfinetes). Assim os trabalhadores ocupam um espaço menos à vista do observador. Enquanto que nas grandes fábricas isto é quase que impossível devido à quantidade de pessoas e os grandes espaços. Embora em muitos casos não seja possível subdividir o trabalho em operações tão simples.
Na busca de maior produtividade surge os ramos industriais, acentuando cada vez mais a divisão do trabalho (cita pág 8).
Entretanto, alguns ramos de atividade não aceita tantas subdivisões como no caso da agricultura que é o inverso da industria.

A divisão do trabalho trouxe aumento na produção devido a três justificativas:
  • A invenção de máquinas;

  • Melhor capacitação dos trabalhadores;

  • A realização da atividade em menor tempo.

Estes três itens bem vinculados foi o alcance rapidamente dos objetivos e mais lucros à industria

SMITH, Adam.Investigação sobre a natureza e as causas da Riqueza das Nações. 2 ed. São Paulo: Abril cultura.1979

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Inver

SEMINÁRIO: Modernidade ou Pós-modernidade: cenários de transformação

SEMINÁRIO: Modernidade ou Pós-modernidade: cenários de transformação

Esquema segundo José Carlos Libâneo em Pedagogia e Pedagogos, para quê?

· Pós-modernidade: mudanças em relação à modernidade, mas não uma ruptura total;
· Rejeição das idéias iluministas da natureza global e das teorias totalizantes do marxismo, do cristianismo;
· Prega a individualidade, as particularidades do sujeito;
· Contesta a Pedagogia e a Educação Integral – frutos da modernidade;
· A linguagem como produto, desprofissionalização do ensino;
· Consciência pós-moderna – racionalismo crítico;
· Rejeição das Metanarrativas ou Narrativas Mães – colocadas como teorias totalizantes;
· Críticas às teorias clássicas de Durkheim, Marx e Weber;
· Crítica à busca dos educadores como referência para todos;
· Fundamentação da epistemologia, idéia de progresso planejado, preocupações ecológicas e novos movimentos sociais;
· Valoriza a razão crítica, autonomia humana e uma ciência não absolutizada;
· Pensamentos pós-modernos para uma pedagogia crítica: reavaliação dos paradigmas como novos sujeitos sociais, mapeamento das transformações, sistematização das explicações dos fenômenos;
· Novos desenvolvimentos tecnológicos e artísticos da sociedade capitalista;
· Os signos substituem a lógica da produção, imperam as simulações num mundo de imagens e fantasias;
· Informatização da força de trabalho;
· Necessidade dos educadores de atentarem para as narrativas individuais, de grupos particulares;
· A Pedagogia deve buscar a racionalidade, mas não deve abrir mão de lutar contra as injustiças sociais;
· Críticas da Pedagogia a pós-modernidade: falta de conhecimento da realidade escolar; não todos que tem acesso à informatização, mostrando assim, a importância do pedagogo no processo formativo;
· Pedagogia crítica: formar cidadãos capazes de lutar por condições de vida mais democráticas; deve balancear o desenvolvimento intelectual e afetivo, se adaptando às mudanças na ciência, tecnologia, trabalho e sociedade.

BIBLIOGRAFIA:

LIBÂNEO, José Carlos, Pedagogia e pedagogos, para quê? 6 ed. São Paulo, Cortez, 2008.

Esquema segundo Tomaz Tadeu Silva em Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo.
  • O pós modernismo é um movimento intelectual, representa um conjunto variado de perspectivas abrangendo uma diversidade de campos intelectuais, políticos, estéticos, epistemológicos.
  • Questiona os princípios e pressupostos do pensamento social e político estabelecido e desenvolvido a partir do iluminismo.
  • O objetivo da educação atual é transmitir o pensamento científico, formar um ser humano supostamente racional e autônomo e moldar o cidadão da democracia moderna.
  • O pós-modernismo põe em dúvida as pretensões totalizantes do saber e a noção de progresso que está no centro da concepção de modernidade.
  • O pensamento pós-modernista é antifundacional.
  • Para ele o sujeito não é o centro da ação social. ele é fragmentado e dividido. Ele não pensa, fala ou produz, antes é pensado, falado e produzido.
  • A identidade pós-moderma é descentrada, múltipla, fragmentada.
  • O pós-modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-crítica.

BIBLIOGRAFIA:

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo. 2.Ed. Autêntica. Belo Horizonte, 2005.